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C A S O T E C A
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Três Rios é um município localizado no Rio de Janeiro, com cerca de 80 mil habitantes, que vivencia o contexto comum de diversas outras cidades pelo país: os constantes relatos de violência vividos por alunos e alunas das redes públicas. Dentro e fora do contexto escolar, crianças e adolescentes estão expostos a diferentes formas de violência, como a sexual, o bullying e as agressões.
Neste sentido, a escola se vê diante de situações nas quais sua atuação ultrapassa as fronteiras de ensino-aprendizagem do dia a dia. Afinal, é uma instituição de extrema relevância na construção social e educacional dos indivíduos.
O desafio do município de Três Rios representa uma realidade comum das cidades brasileiras: as diferentes violências vividas por alunos e alunas da rede pública. Essa problemática ultrapassa as fronteiras da sala de aula e pede por uma ação pública.
Para intervir nessa situação, o Projeto Escola que Protege foi desenvolvido para promover ações educativas e preventivas com o objetivo de romper o ciclo da violência contra crianças e adolescentes. Entre as premissas da iniciativa, está o uso da arte como ferramenta de enfrentamento às violências, principalmente a violência sexual e a promoção da conscientização e do debate público sobre o assunto. Dessa forma, o projeto viabiliza o desenvolvimento de atividades, com espaços de discussão sobre o tema e espaços de expressão através da arte e do teatro.
Para atingir esses objetivos, a Prefeitura promoveu o projeto em conjunto com o Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente, a Secretaria de Promoção Social, o Conselho Tutelar e o Grupo de Amadores Teatrais Viriato Corrêa. Para viabilizá-lo, a Secretaria de Educação utilizou os recursos do FUNCRIA - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Além disso, estabeleceu parcerias com empresas da cidade para o fornecimento de passagens de transporte coletivo, refeições, uniformes e prêmios para os participantes do projeto.
Para a Secretária de Educação de Três Rios, a escola é o núcleo social que mais influencia as crianças, depois da família. Assim, a Secretaria Municipal de Educação passou a oferecer oficinas de dança, teatro e música no período da tarde, após as aulas do período matutino.
Em paralelo às ações com os estudantes, houve o movimento de sensibilizar e capacitar professores, orientadores e supervisores no atendimento às crianças e adolescentes para efetivar a orientação, a supervisão e o acompanhamento do projeto. O foco, por sua vez, foi no atendimento às crianças e adolescentes para efetivar a orientação, a supervisão e o acompanhamento do projeto.
Além disso, a partir das oficinas de cenografia, os alunos(as) desenvolveram uma peça sobre o enfrentamento da violência sexual. A peça foi apresentada a outros estudantes e ajudou na conscientização e disseminação do assunto. O espaço espera oferecer às crianças e adolescentes a dinâmica do diálogo e multiplicação de novos horizontes e referências.
Desde o seu início, no 1º semestre de 2019, o Escola que Protege já envolveu 10 escolas da rede pública e 68 alunas(os) em situação de vulnerabilidade e apresentou a peça teatral para mais de 1.500 alunas(os). Os estudantes também receberam premiações e estão auxiliando na construção da 2ª etapa do projeto, dando sugestões e depoimentos para aprimorá-lo.
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Caso de Hélida Siqueira, Secretária de Educação de Três Rios.
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