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C A S O T E C A
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Em 2012, Santos contava com uma central de monitoramento de segurança com 40 metros e uma central de monitoramento de trânsito de 25m, localizadas em prédios separados da Administração Municipal (direta e indireta). À época, havia 166 câmeras de monitoramento nas vias e equipamentos públicos - número que atualmente é 10 vezes superior (1.600 câmeras em 2021). Apesar da boa infraestrutura ao cidadão em várias áreas, os órgãos públicos e privados não atuavam plenamente integrados nem utilizavam plataformas de tecnologia da informação gerenciadas com mesmo protocolo de governança.
Diante desta problemática, foi concebido no Plano de Governo do Prefeito Paulo Alexandre Barbosa, em 2013, a criação de um Centro de Controle Operacional (CCO), cujo processo de implementação teve início em 2015. Entre os principais objetivos para a iniciativa estavam a otimização dos recursos públicos e a melhoria na tomada de decisões, monitoramento e planejamento urbano, visando mais segurança e maior agilidade para o atendimento dos munícipes, população flutuante e turistas de Santos.
As equipes dos órgãos públicos e forças de segurança, especialmente a Guarda Municipal, Polícia Militar, CET e Serviços Públicos não tinham informações e protocolos integrados, sendo os dados informados em planilhas, o que não permitia a criação de indicadores em tempo real e levantamentos como tempo médio de atendimento, quantitativos por bairro, dia da semana, horário de pico de ocorrências, entre outros. Já setores como a Defesa Civil, Urgência Urbana, Sabesp, e as empresas Concessionarias de Energia (CPFL) e Gás (CONGAS) não contavam com equipamentos tecnológicos integrados e acesso as informações das outras agências.
A falta de integração também resultava em problemas operacionais em ações que envolviam mais de uma agência, como envio duplicado de veículos, falta de equipamentos e pessoal adequados para a ocorrência e atrasos nos atendimentos. INDICADORES De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em 2012- ano da ideação do CCO - Santos tinha as seguintes taxas de delitos: 6,27 homicídios dolosos, 1.660 furtos, 666,54 roubos e 297,18 furtos e roubos de veículos (por 100 mil habitantes) e 516,13 furtos, 122,87 roubos e 639 furtos e roubos (por 100 mil veículos).
Apesar dos indicadores melhores do que a maioria das cidades do mesmo porte, Santos registrava uma taxa de roubos 18% maior do que a taxa estadual.
A iniciativa visava integrar as agências públicas da cidade em um espaço único com alta tecnologia e integração de processos para atuação nas ocorrências, principalmente relacionadas às áreas de Segurança, Trânsito e Serviços Públicos, agilizando assim a operação do dia a dia e a tomada de decisão dos gestores púbicos, bem como permitindo um espaço extremamente estruturado para ações em situação de crise.
Foram realizadas atividades chave como:
No primeiro ano de operação do CCO, em 2020, houve redução nas taxas de delitos da Cidade de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Na comparação entre 2019 e 2020, os homicídios dolosos reduziram de 3,46 para 1,89; os furtos de 976,10 para 757,41; os roubos de 438,11 para 305,34; e os furtos e roubos de veículos de 202,38 para 132,80 (taxas por 100 mil habitantes).
Fábio Ferraz
Líder MLG e Secretário de Santos (SP)
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