Bem Comum

Contexto

A cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, possui atualmente mais de 70 entidades regularmente cadastradas como organizações sociais, que atendem mais de 50 mil pessoas todos os meses. Boa parte delas depende fundamentalmente de recursos públicos para prestar os serviços à população mais carente. Em um cenário em que o poder público municipal vive escassez financeira, as ações de mobilização e aproximação na sociedade exigem muito mais do que campanhas de suprimentos e insumos.

Problema

Em Juiz de Fora, havia uma grande carência de trabalhos voluntários que suprissem necessidades das entidades sociais e que não podiam ser solucionados em simples campanhas de arrecadação, solidariedade e mobilização.

Não havia pessoas dispostas a operacionalizar o processo de atendimento ao cidadão, não somente do ponto vista administrativo e gerencial, mas também em outras áreas, como entretenimento, cultura, lazer e esportes.

Iniciativa

Em 2013, a equipe da Secretaria de Comunicação Pública (Secom) da Prefeitura de Juiz de Fora criou o projeto Bem Comum, cujo principal objetivo é atuar como ponte para a sociedade, encurtando a distância entre as pessoas que querem ajudar e as que precisam de apoio. Ele funciona como uma importante ferramenta de mobilização e engajamento, necessárias para a comunicação pública moderna.

O projeto nasceu com o objetivo de ampliar a rede de solidariedade na cidade, oferecer mão de obra para trabalho especializado nas entidades sociais, estender o trabalho assistencial a um patamar de capacitação e inclusão através do aumento da oferta de serviços, e aproximar e engajar diversos segmentos da sociedade, incluindo o poder público e o terceiro setor, em torno de uma causa e em busca do bem comum.

Em dezembro de 2017, o projeto também lançou os Classificados do Bem, uma campanha permanente que busca cativar a solidariedade nas pessoas. Eles funcionam como uma forma de viabilização da mão de obra sem custos para o poder público ou para essas instituições, através do trabalho voluntário.

Resultados

Desde o início do projeto, inúmeras campanhas foram realizadas, beneficiando a população da cidade com diversos tipos de ações, que variam desde a doação de agasalhos e alimentos, até doações de cabelo para fabricação de perucas para pessoas com câncer.

Foram realizadas 19 edições mensais dos Classificados do Bem, nos quais as entidades apontam funções e profissionais de que necessitam para ampliar e melhorar o serviço oferecido a quem mais precisa. Essas edições são publicadas nos canais próprios do Bem Comum (site e redes sociais) e da Prefeitura, com ampla cobertura da imprensa local para divulgação dessas oportunidades. Os interessados então oferecem o seu tempo e suas habilidades para atendê-las.

Além disso, o Classificados do Bem já viabilizou 443 oportunidades para serviços voluntários em diversas áreas, levando benefícios a cerca de 70 entidades da cidade em 19 edições. Entre as funções viabilizadas nas 19 edições desde 2017 estão: Fonoaudiólogo, Serviços gerais, Fisioterapeuta, Psicólogo, Visitante, Cuidador, Secretária, Pedreiro, Nutricionista, Pessoas que possam ler para os assistidos, Professores e Instrutores.

Os Classificados do Bem ampliaram os objetivo do Programa Bem Comum na medida em que, além de doações e campanhas de valorização, tem conseguido trazer mão de obra qualificada, atenção e carinho para aqueles que mais precisam, reforçando assim a corrente do bem pretendida pelo projeto.

Alavancas de Institucionalização

Líder por trás da iniciativa

C A S O T E C A

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